Eu e a Confraria do Vinho do Porto

Tenho a honra e o privilégio de ser o primeiro brasileiro admitido na Confraria do Vinho do Porto, no Grau de Cavaleiro no terceiro Capítulo de 29 de maio de 1984. Minha indicação foi proposta pela Casa Manoel   D. Poças Junior de Vila Nova de Gaia.

Não pude comparecer a Cerimônia de Entronização, adiaria para no ano seguinte estar presente no Porto.

Mas tive a agradável surpresa de em setembro de 1984, como parte de uma Exposição que montei sobre o Vinho do Porto e sua História no Museu da Casa Brasileira em São Paulo, receber a ilustre visita do grande amigo e Mestre na arte dos Vinhos do Porto,  José António Ramos Pinto Rosas, que informou-me ser portador da Tomboladeira e do Diploma de Cavaleiro, e que eles me seriam entregues após uma palestra que eu faria na sede do Club Atlético Paulistano em São Paulo.

E assim foi, no final da palestra, na presença de centenas de pessoas recebi das mão do amigo Zé António (como nós o chamávamos) as insígnias de Cavaleiro e o respectivo diploma como atesta a foto anexa. Foi em um dia de setembro de 1984.

O fato mais curioso foi que, ao buscar pelo Diploma, tanto eu como Zé António nos assustamos, pois ele estava em branco!! Este fato foi corrigido no ano seguinte quando recebi o Diploma correto.

No ano de 2003 fui promovido a Infanção na mesma Confraria, e o então Chanceler Vito Olazabal, com seu humor característico disse-me na hora de impor-me o trajo completo disse-me:

Caro Carlos, agora só lhe falta o título de Cancelario!!!!

Ao que eu respondi: Não tenho intenções de ser Chefe de Estado!!!!

Carlos Ernesto Cabral de Mello